Pretos Novos era o nome dado aos cativos recém-chegados da África e desembarcados no Rio de Janeiro, em meados do século XIX, em uma área da cidade chamada, então, de Pequena África. Neste local, hoje a zona portuária da Gamboa, ficava o mercado de venda dos negros cativos.
O memorial é um sítio arqueológico do Cemitério dos Pretos Novos que
funcionou no local, entre os anos de 1769 e 1830, um ato de reverência e
respeito aos milhares de negros recém-chegados à colônia, mortos ou
doentes devido aos maus tratos durante a travessia do Atlântico.
Estima-se que ali tenham sido depositados, em valas coletivas, os
corpos de 20 a 30 mil negros, muito embora estes números não façam parte
dos registros oficiais.Com a proibição do tráfico negreiro, o cemitério foi fechado e a memória de sua existência sepultada em razão dos sucessivos aterros ocorridos na região, assim como ao apagamento de parte importante da história da escravidão na cidade do Rio de Janeiro.
O Instituto de Pesquisa e Memória Pretos Novos - IPN, Museu Memorial,
tornou-se um dos mais novos Pontos de Cultura do Rio de Janeiro, graças
ao “Projeto Memorial Pretos Novos: Resgatar a memória de um povo é
preservar a cultura de um país”.
http://www.museusdorio.com.br/joomla/index.php?option=com_k2&view=item&id=83:memorial-dos-pretos-novos
ZONA PORTUÁRIA DO RIO DE JANEIRO
Uma das áreas mais degradadas do Rio de Janeiro fica,
contraditoriamente, em uma das áreas historicamente mais importantes da
cidade: a zona portuária. A oportunidade única que a cidade recebeu para
sediar os Jogos Olímpicos e Paralímpicos em 2016 está transformando a região.
Mais do que isso. Durante as escavações para as obras de revitalização,
foram encontrados diversos objetos de grande valor histórico e
arqueológico, que culminaram com a criação do Circuito Histórico e
Arqueológico da Celebração da Herança Africana.
Monitoradas
pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan),
sob a coordenação da arqueóloga do Museu Nacional/UFRJ, Tania Andrade
Lima, as escavações revelaram a existência de centenas de objetos
pertencentes às classes dominante e escrava, a maioria de objetos da
cultura africana. Mas o mais importante: foi encontrado o Cais do
Valongo, o porto mais importante do Império Colonial Português.
História do Porto do Rio
Os serviços de
expedição de mercadorias para o exterior e para outros estados
brasileiros por via marítima eram efetuados por meio de saveiros, que
atracavam em pontes de madeira denominados piers ou cais. De 1779 a
1831, desembarcaram no Brasil cerca de 500 mil africanos escravizados no
Cais do Valongo, região que compreendia os bairros da Saúde e Gamboa.
Em 1871, com a construção da Doca da Alfândega, surgiram os primeiros
projetos para o desenvolvimento do porto do Rio, que então funcionava
por meio de instalações dispersas.
Em 1903, o porto do Rio de
Janeiro iniciou a primeira etapa de modernização e foi oficialmente
inaugurado no dia 20 de julho de 1910. O Jornal do Brasil publicou: “Das
várias obras mandadas executar, a que hoje se inaugura é uma das mais
importantes e representa o desejo de uma população, só muitos anos
depois transformado em realidade... Quem percorre o trecho do cais
pronto, no Mangue, sente-se admirado, orgulhoso mesmo da extraordinária
transformação, que ora apresenta o Porto do Rio de Janeiro”. Hoje, o
porto é um dos mais movimentados do país quanto ao valor das mercadorias
e à tonelagem. Os principais produtos escoados são minério de ferro,
manganês, carvão, trigo, gás e petróleo.
http://www.rio2016.com/noticias/noticias/zona-portuaria-do-nascimento-a-criacao-do-circuito-da-heranca-africana
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